Se a moda pega os funcionários de órgãos públicos não poderão ficar mais doente se não serão exonerados de suas funções.
Seria engraçado não fosse a citação acima verídica para a Professora Débora Azevedo da Rocha, residente a Rua Siqueira Campos, 395 - Belo Jardim, concursada e funcionária da prefeitura de Tacaimbó.
Assim que a professora foi ocupar sua vaga no município de Tacaimbó em fevereiro de 2009, ela foi direcionada a participar do programa ProJovem. Aqui, segundo a professora, foi onde tudo começou. Ela afirmou que o material e merenda para os alunos estava a quem dos recursos que o projeto recebia para o trabalho com os jovens.
Desde de que começou a falar dos problemas que o programa estava vivendo, sua vida se tornou muito difícil ao ponto de afirmarem que a evasão dos alunos daquele projeto era de sua responsabilidade (por não estar cumprindo com os parâmetros - segundo eles). Mas tudo isso não passa de blefe para prejudicar a sua vida junto ao programa, até que a devolveram a sua secretaria de origem onde encontrou um clima pesadíssimo, pois os incomodados já tinham falado de sua vida (da forma como bem quiseram) a Secretaria de Educação.
Depois desse episódio foi localizada na E.M. Duque de Caxias, onde efetuou um bom trabalho junto aos seus alunos e pais, mas de novo devido a conveniências da Secretaria, com menos de 15 dias foi relocada para dar lugar a outra professora que possuía problemas de horário. Neste episódio a Administração disse que a professora Débora teria sido afastada desta escola por um abaixo assinado o que demonstrou o tamanho da mentira e da perseguição, uma vez que a própria Secretária de Educação foi quem a chamou e em seu gabinete pediu que ela aceitasse a transferência para solucionar o problema da outra colega professora.
Então mais uma vez a professora Débora foi transferida para a E.M. Felismino Guedes onde atuou até o ano de 2011. aqui começa a via dolorosa da professora que constantemente ficava doente devido ao seu problema respiratório até que no mês de novembro de 2011 ficou gravemente doente e precisou se ausentar de sala de aula para tratamento, pois seu quadro de saúde agravou-se, evoluindo para uma BRONCO-PNEUMONIA nos dois pulmões.
A professora tomou o cuidado de pagar uma professora substituta para que as crianças não fossem prejudicadas e informou verbalmente a Diretora da Escola e também a coordenadora pedagógica, não bastasse isso também ligou por duas vezes para o RH (Recursos Humanos) e comunicou da sua enfermidade, o departamento orientou a professora quanto a documentação que ela precisava providencia para seu afastamento.
Segundo a professora Débora houve problemas quanto ao envio em tempo hábil da documentação ao RH, porém o mesmo foi apresentado posteriormente. Mas no dia 14 de dezembro ela foi comunicada oficialmente por documento que uma comissão teria sido criada para ouvir a professora sobre suas faltas e argumentos que justificassem sua ausência.
A comissão analisou a documentação, ouviu as testemunhas e proferiu a sentença:
EXONERADA POR JUSTA CAUSA
Assim, sem mais sem menos a comissão rejeitou toda a documentação, lançou dúvida sobre a mesma alegando ser ela irregular ou falsa. Inclusive solicitaram ao Conselho de Medicina que investigassem a veracidade da documentação junto ao médico que atendera, isto no estado da Paraíba ( Campina Grande ).
A professora acionou a justiça através da advocacia do Sindicato dos Professores de Pernambuco, juntou toda a documentação que possuía, tais como: atestado, exames, consulta, receitas, laudo médico, documentação interna do hospital onde foi internada e a documentação da investigação feita pelo Conselho de Medicina junto ao médico que a atendeu... ufa!
A justiça acompanha este processo e até o momento a prefeitura não se deu por satisfeita e continua levando o processo adiante, prejudicando a vida da professora e de sua família, mesmo diante de toda a documentação e testemunhas.
É importante dizer que a professora Débora também trabalhava na mesma época em escola do estado e também teve de se ausentar de sala de aula providenciando, da mesma forma, um professor substituto. A direção da escola estadual contornou a situação e não passou disso. Tudo foi resolvido e comprovado com apenas o atestado médico.
Por fim, só podemos concluir que neste governo ser perseguido é algo do cotidiano, pois ninguém pode se opor ou apontar qualquer coisa errada e sobre tudo tem de andar de cabeça baixa para os pseudos diretores que abusam de sua autoridade de forma escrachada e banalizam o direito e a justiça, usando de artifícios e brechas que a mesma (infelizmente) oferece a esse tipo de gente.
Nosso desejo e de todo Tacaimboense é que seja feita justiça nas urnas e coloquemos um governo sério, sem compromisso com o que esta ai. Só assim esta causa e tantas outras terão o tratamento digno que merecem.
Por Euler Rocha